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15 de junho de 2012

VEREADOR RUI LORENZATO REPRESENTA O LEGISLATIVO NO ENCONTRO DAS MULHERES DA PAZ

Na quinta-feira as 200 mulheres integrantes do Projeto Mulheres da Paz estiveram reunidas na sala do Júri, no Fórum de Passo Fundo. A atividade teve o objetivo de integrar e fortalecer os laços entre as mulheres da paz, a equipe multidisciplinar e as entidades e autoridades parceiras do Projeto. Mulheres que vão começar a atuar junto as suas comunidades no trabalho de campo.O vereador Rui Lorenzato, enfatizou a importância da Câmara de Vereadores neste no fortalecimento deste Projeto. Um Projeto do Governo Federal, trazido para o município de Passo Fundo pela Administração Municipal para a prevenção e enfrentamento à violência. Porém, frisou o vereador, isto somente é possível graças ao envolvimento e ao trabalho sério destas mulheres guerreiras, atuantes na comunidade e agora mais capacitadas para que atuem como agentes sociais na luta contra a violência. Por sua vez, o vice-prefeito municipal, Rene Cecconello, representando o prefeito Dipp, falou da responsabilidade dessas mulheres, que foram selecionadas rigorosamente pela Comissão de Direitos Humanos, e serão responsáveis por difundirem uma cultura de paz nas regiões mais carentes da cidade. A secretária de Segurança Pública, Estelita Salton, destacou que essa foi mais uma etapa cumprida, resgatando que o Pronasci foi responsável por um investimento de 3 milhões de reais em Passo Fundo, distribuídos nos projetos Mulheres da Paz, no Protejo, na Justiça Comunitária e no video-monitoramento. Presentes no ato, a representante do ministério público Estadual, Cleonice Aires, o juiz diretor do Fórum, João Marcelo de Vargas, e o coordenador dos Direitos Humanos em Passo Fundo, Jorge Gimenez, também fizeram uso da palavra.O Projeto Mulheres da Paz, parceria entre Governo Federal e Município de Passo Fundo, coordenado pela Secretaria de Segurança Pública e executado pela Comissão de Direitos Humanos, compreende 150 horas de capacitação e acompanhamento. Durante o encontro, as representantes de cada uma das regiões de abrangência do Mulheres da Paz, além de manifestarem-se, sobre o desafio de serem conselheiras e mediadoras de conflitos, entregaram às autoridades uma “Carta Aberta” das Mulheres da Paz para Passo Fundo. _____________________________________ CARTA DAS MULHERES DA PAZPARA A COMUNIDADE DE PASSO FUNDONós, Mulheres da Paz de Passo Fundo, através do conhecimento que construímos, temos a missão de ouvir e orientar as pessoas da comunidade para que busquem uma vida com dignidade humana.Sabemos que vivemos numa democracia e, por mais que seja possível apontar uma série de problemas existentes na vida social e política da nossa sociedade, não podemos enfraquecer diante desta realidade, precisamos sim, é lutar pela garantia dos direitos humanos, de todo cidadão e toda cidadã.Quando refletimos sobre os direitos humanos sonhamos com uma Passo Fundo melhor, onde haja, conforme estabelece a nossa lei maior, a Constituição Federal, igualdade, respeito, educação, saúde, trabalho, segurança e lazer para todos/as.Para que isso se torne realidade é preciso ter um olhar carinhoso para as pessoas que residem nas periferias, o cinturão que envolve nossa cidade, pois elas não têm esses direitos preservados e garantidos. Cabe a nós, Mulheres da Paz, ajudar a comunidade a enfrentar as violações de seus direitos e, mais do que isso, ajudá-las a viver protegidas para que nenhum de seus direitos seja violado.Acreditamos no sucesso de nossa caminhada, mas para isso precisamos de uma integração de todos os órgãos públicos locais para, dessa forma, podermos agir para mudar a realidade atual de nossos bairros em alguns pontos específicos. Por isso viemos, por meio desta, reafirmar alguns direitos que, em nossa visão, ainda não estão sendo garantidos na íntegra.No que se refere à saúde, temos como necessidades primordiais a qualificação dos ambulatórios para que as vagas sejam preenchidas, com médicos especialistas à disposição e, ainda, para que haja Cais conforme a demanda dos bairros. Quanto à juventude, é essencial que se invista em políticas públicas de prevenção e tratamento para dependentes químicos, devido à grande demanda do momento. Temos também que ampliar os espaços públicos para a convivência da juventude, para a prática de esportes e para o lazer em geral. Fundamental também que tenham acesso à educação de qualidade.Em relação à educação e à moradia, avaliamos a urgência de escolas de ensino médio nos bairros que ainda não tem este atendimento, pois em razão da ausência de condições de acesso à escola, adolescentes e jovens trocam o conhecimento pelas ruas. Também há a necessidade urgente de retorno do funcionamento das creches em turno integral, já que os pais não trabalham apenas meio tuno. No que se refere à moradia, uma atenção maior para as necessidades primárias, viabilizando água e luz.Em razão de a violência doméstica ser marcante em nosso município, precisamos que a Delegacia da Mulher funcione permanentemente, inclusive com plantões nos finais de semana. Também são necessárias políticas públicas de prevenção à violência e a melhorias na rede de atendimento à Mulher. E ainda, conforme prevê a Lei Maria da Penha, necessitamos da criação de juizados especiais para atender a violência doméstica e familiar contra a mulher. Acima de tudo precisamos reeducar a sociedade para que as mulheres não tenham seus direitos violados.Por isso, contamos com o apoio da sociedade e, principalmente, do poder público para que a nossa luta não seja em vão. De forma integrada e contendo com o engajamento consciente de cada cidadão/ã podemos construir uma cultura de paz com vistas ao crescimento de nossa comunidade de modo que todos possam viver com dignidade humana.

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