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30 de janeiro de 2015

MAIS UMA DO SARTORI


Mesmo com custo mensal baixo e alta relevância em resgastes, como no incêndio da boate Kiss e o acidente de ônibus em Glorinha, o serviço aereomédico de resgate do Estado, criado no governo Tarso Genro (PT), será fechado por Sartori (PMDB).
Após investimento de quase R$ 26 milhões na compra de dois helicópteros, o serviço de atendimento aeromédico do Estado, implantado em 2012, deverá ser desativado pelo governo estadual. 

Para o secretário da Saúde, João Gabbardo, o trabalho realizado por equipe de 15 médicos e enfermeiros, por meio de um termo de cooperação entre Brigada Militar e Samu, é "totalmente dispensável". 

Coordenador do serviço, Maicon Vargas classificou a decisão um retrocesso. Ressaltou que, nos últimos 12 meses, o grupo realizou 140 atendimentos, entre eles os resgates dos praticantes de rapel em Maquiné e das vítimas do acidente com ônibus da Unesul em Glorinha, ambos neste ano, e do incêndio na boate Kiss, em 2013.

— Enquanto todos os Estados investem neste tipo de serviço, o atual governo decide voltar atrás. É lamentável. A população vai ser prejudicada, pois é um serviço que pode ajudar a salvar muitas pessoas.

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Gabbardo diz que foram feitos só 24 atendimentos no último ano. Segundo Vargas, a diferença entre os números ocorre porque a secretaria considera apenas os chamados via central estadual. Conforme Gabbardo, o governo vai tentar rever o investimento de R$ 26 milhões (70% deste valor já foi pago) feito em 2014 para a compra de duas aeronaves, mas a entrega de uma delas está prevista para a próxima semana.

— Vamos definir o que vai ser feito com os helicópteros. Não teríamos feito esse investimento, teríamos transferido esses recursos para a assistência e deveríamos menos para hospitais e prefeituras — disse Gabbardo.

Com a desativação do projeto, que tem custo mensal de R$ 156 mil, a demanda deverá ser atendida pela BM, como no passado, e por empresas privadas, que também atuam na coleta de órgãos para transplantes. Vargas, ex-coordenador estadual do Samu, diz que o custo da hora será cinco vezes maior com o serviço terceirizado.
Fonte: http://zh.clicrbs.com.br/rs/noticia/2015/01/atendimento-aeromedico-do-governo-estadual-deve-acabar-4689991.html

VEREADOR PROTOCOLA INDICAÇÃO AO EXECUTIVO MUNICIPAL

O Vereador Rui Lorenzato (PT), protocolou  na manhã desta sexta-feira 30 de janeiro, uma indicação ao Executivo Municipal, onde sugere a ampliação ou compra de novas áreas para cemitérios municipais em nosso município. A presente indicação tem por objetivo atender as reivindicações dos nossos moradores, pois Passo Fundo hoje tem cerca de 200 mil habitantes e os cemitérios são os mesmos da década de 60 e hoje estão super lotados. Segundo o parlamentar a presente indicação tem por objetivo  indicar ao Executivo Municipal que faça um estudo da situação dos nosso cemitérios para que possamos localizar novas áreas para ampliação ou construção de novos cemitérios para que as pessoas façam o sepultamento de seus entes queridos e resolvam  em partes a dificuldade que se tem de encontrar um espaço físico para realizarem o sepultamento de seus familiares.

26 de janeiro de 2015

VEREADOR ACOMPANHA COMISSÃO DE MORADORES DA OCUPAÇÃO VALINHOS II


Na tarde desta segunda-feira 26 de janeiro, o vereador Rui Lorenzato(PT), acompanhou a comissão que representa os moradores da Ocupação do Valinhos II, que já é considerado um bairro de moradores efetivados numa reunião com a coordenadora de transporte escolar do município de Passo Fundo Kelly Dartora . Na reunião foi tratado a dificuldade dos alunos desta ocupação que estudam na Escola de Ensino Fundamental Guaracy Barroso Marinho do Bairro Alexandre Zachia, onde os mesmos não tem transporte escolar até a escola. Sendo que, as crianças fazem o trajeto até a escola caminhando correndo o risco de serem atropeladas ao atravessar a BR 285, entre outros riscos. A coordenadora propôs de levar a situação ao conhecimento da empresa que faz o transporte escolar para que os mesmos possam rever o itinerário e dar um retorno para a comissão.

23 de janeiro de 2015

ASSEMBLEIA DA AGENDA 21


Na tarde desta quinta-feira 22 de janeiro, o vereador Rui Lorenzato(PT), participou da Assembleia  da Agenda 21 na sala futura do  município de Passo Fundo.  Durante a assembleia foi apresentado um relatório financeiro das atividades de 2014. Foi realizada a alteração do regimento interno, a aprovação do novo organograma da Agenda 21 e a constituição da personalidade jurídica.  Na oportunidade, foi discutido nomes de entidades para compor a coordenação colegiada do período de 2015/2016 que é composta por cinco entidades.  Em fim, foi discutido qual será o plano de trabalho para o ano de 2015. Segundo o parlamentar, é de grande importância continuar tratando a questão do desenvolvimento da cidade de uma forma sustentável e de preservação do meio ambiente. 

22 de janeiro de 2015

AGRICULTORES BUSCAM AMPLIAR DEBATE COM ADMINISTRAÇÃO MUNICIPAL SOBRE A MERENDA ESCOLAR



Na tarde desta quinta-feira 22 de janeiro, o vereador Rui Lorenzato(PT), juntamente  com  o Presidente da Cooperativa de Produtores de Leite de Passo Fundo – Agroleite,  Evaldo Santo Biff e agricultores associados da cooperativa, reuniram-se  com o Secretário Adjunto da Educação Róger Teixeira Borges e a Coordenadora de Nutrição do município Keli Szymanski.  O motivo do encontro foi abrir o debate  ainda  dos agricultores de Passo Fundo com a administração atual sobre a  compra de gêneros alimentícios  para a merenda escolar, ou seja,   de que forma o município pode dar  prioridade aos produtos  produzidos  pelos agricultores do nosso  município.  Conforme a Lei Federal  N° 11.947, de 16 de junho de 2009, que diz que  do total dos recursos financeiros repassados pelo FNDE, no âmbito do PNAE, no mínimo 30% (trinta por cento) deverão ser utilizados na aquisição de gêneros alimentícios diretamente da agricultura familiar  local e do empreendedor familiar rural ou de suas organizações para a merenda escolar. Segundo Lorenzato, se não tiver uma postura do gestor municipal de beneficiar a agricultura local, os produtos continuarão vindo de fora de Passo Fundo e prejudicando os agricultores que produzem seus alimentos e precisam vender para o seu próprio sustento, ou seja, irá incentivar os  nosso agricultores a ficarem no campo e continuar a produzir seus produtos com ainda mais qualidade.   O Secretário Adjunto e a Coordenadora de Nutrição se comprometeram para as próximas licitações que acontecem duas vezes ao ano, de analisar os produtos juntamente com a sua aceitação nas escolas e o seu orçamento  buscando  alternativas que vise primeiramente priorizar  os produtos do nosso município e depois da região. 

20 de janeiro de 2015

UMA QUESTÃO DE DIREITOS ENTREVISTA DO PRESIDENTE DO CONSELHO ESTADUAL DOS DIREITOS HUMANOS DO ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL AO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ




O ano de 2015 começou com acontecimentos que levantam questionamentos sobre os limites dos direitos individuais. O atentado terrorista em Paris, que vitimou doze pessoas no jornal francês Charlie Hebdo, remete a questionamentos sobre a liberdade de expressão dos indivíduos. A recente execução de um brasileiro, fuzilado na Indonésia, pelo tráfico de drogas, retoma o assunto da aplicação da pena de morte nos países. Todos assuntos debatidos no campo dos Direitos Humanos.
Para o membro da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, Paulo Carbonari, a atuação que frequentemente gera polêmica, dos grupos de defesa dos Direitos Humanos, se aplica a toda a população e não apenas há uma camada da sociedade. “Quando nós falamos em Direitos Humanos estamos falando daquilo que qualquer pessoa precisa para viver de maneira decente. Falar de Direitos Humanos é falar do direito de ir e vir, de liberdade de expressão, de liberdade de religião, de poder viver sem violência, ter moradia, ter educação. Então, é uma questão que diz respeito a qualquer ser humano”, aponta Carbonari.
O debate pela garantia desses direitos, atravessa a história da humanidade mas se afirmou na década de 40, com a Declaração Universal dos Direitos Humanos, logo depois da criação da Organização das Nações Unidas. Este é dito como o marco contemporâneo da institucionalização dos direitos garantidos a um cidadão para que leve uma vida digna.
A ação de grupos dos direitos humanos em defesa de determinadas causas ou pessoas, comumente associa no senso comum o trabalho à defesa de infratores, ou de quem tem a conduta questionada pela sociedade. “Quando os Direitos Humanos diz que não é adequando, não é correto que pessoas que estejam, por exemplo, sob a guarda da autoridade policial sejam torturadas, não está passando a mão na cabeça do bandido. Está chamando atenção, o fato de ele estar sob a custódia do estado, está preso, não dá ao estado a possibilidade de fazer qualquer coisa com ele”, explica.
Para Carbonari, a recente condenação d epena de morte aplicada ao brasileiro, que fui fuzilado na Indonésia no último final de semana, ilustra bem a contradição da sociedade que por um lado pede pela aplicação da pena no país, mas quando a situação se aproxima do seu cotidiano, de uma pessoa de seu convívio esse ponto de vista ganha outra dimensão. “ Boa parte dos brasileiros quer que haja pena de morte no brasil. Agora morreu um brasileiro, e não pode. Quando a gente fala no genérico é fácil, o problema é quando toca no cotidiano, no concreto”.
A luta das comissão e grupos que trabalham pela defesa dos direitos coletivos, é para que as situações não sejam julgadas com dois pesos e duas medidas, a partir do grau de proximidade que cada um tem sob determinada questão.

Em várias frentes

Passo Fundo é um das cidades que teve a organização de Direitos Humanos criada há 30 anos, e foi institucionalizada em julho de 1984. Desde então, vem atuando em muitas ações. Uma delas é o acompanhamento do processo de execução penal. Dentro do presídio Regional de Passo fundo, há membros da Comissão de Direitos Humanas, que trabalham fazendo um processo de reeducação e acompanhando os apenados.
Outro ponto forte da atuação da Comissão de Direitos Humanos de Passo Fundo, é a educação. O grupo desenvolve atividades de formação de professores, formação de lideranças. “Também atuamos mais recentemente na formação de mulheres, que resultou na criação do projeto “Mulheres da Paz”, para atuar no enfrentamento da violência contra a mulher”, ressalta Carbonari. O Colóquio de Direitos Humanos, que em 2014 chegou a 6º edição também promove uma semana de reflexão com pessoas do Brasil inteiro.
A CDHPF também atua no chamado campo de apoio a organização. Na questão da moradia os advogados da comissão acompanharam o processo de ocupação no bairro Leonardo Ilha. “Eles fizeram um processo judicial importante para que chegasse ao desfecho em que a prefeitura adquiriu a área no Morada do Sol e que aquelas famílias pudessem ser assentadas”, exemplifica. Carbonari ressalta que a atuação da Comissão na garantia dos direitos de moradia, começou ainda nos anos 80 quando a construção das perimetrais causou a remoção de centenas de famílias, que foram povoar, o que hoje é bairro Jaboticabal. A Comissão pretende retomar na agenda da cidade, ainda neste ano a situação dos moradores da região Beira Trilho.
Outro desdobramento da atuação do conselho acontece na participação das reuniões de conselhos que discutem a questão da mulher, das garantias de acesso à saúde, segurança alimentar, e acompanham as atividades do Conselho Estadual de Direitos Humanos. “Nós temos uma atuação que vai muito no sentido de ir onde as pessoas precisam”, define Paulo Carbonari.

Acesso

Qualquer pessoa, independente da atuação ou da classe social pode ter acesso ao trabalho da CDHPF. “Nosso trabalho é de orientação, de apoio. Se as pessoas nos procuram precisando de alguma orientação do ponto de vista jurídico, o que nós fazemos é esclarecer. Tem um grupo de advogados que ajuda a situar o problema. Se é uma questão que precisa de defesa jurídica especifica, vai para a defensoria pública se isso é uma causa coletiva, a gente articula e vai para o MP, que são dois importantes interlocutores”, pontua.
É comum a comissão atender casos de mulher vítimas de violência ou crianças em situação de abandono. A sede da CDHPF fica junto a ao IFIBE e tem expediente a tarde. O telefone para contato é 54 3313 2305.

Fonte: http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/6366/Uma+quest%C3%A3o+de+Direitos

16 de janeiro de 2015

" É a boa política que melhora a comunidade" , acredita Lorenzato / ENTREVISTA AO JORNAL DIÁRIO DA MANHÃ 14/01/2015

 

Em 2014, o vereador Rui Lorenzato (PT) foi o relator de uma das Comissões mais relevantes do Legislativo. A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Telefonia realizou um mapeamento da qualidade dos serviços prestados pelas operadoras de telefonia celular e internet em Passo Fundo para mostrar às empresas as deficiências e as demandas da comunidade sobre o tema. Líder da bancada oposicionista, o parlamentar também conseguiu manter a unidade do grupo durante os momentos críticos do cenário político local.

Lorenzato é o sétimo vereador a participar das entrevistas produzidas pelo jornal Diário da Manhã com os parlamentares passo-fundenses, acertadas ainda no final de 2014. Confira:

Diário da Manhã - Em relação ao ano legislativo de 2013, como você avalia, politicamente, 2014?
Rui Lorenzato - Avalio como um ano positivo e de muitas realizações, onde fizemos diversas indicações e pedidos de informações ao Executivo, atuando fortemente na função de fiscalizar a Administração, que é uma das principais funções de vereador. Denunciamos diversos problemas como a merenda estragada, irregularidades e sucateamento da Codepas, o abandono e poucos investimentos no interior, o descaso com o funcionalismo público, e os problemas na saúde e na educação. Tivemos também um ano de eleições com cenários de tensão, resultando numa disputa acirrada de dois projetos claramente diferentes.

DM - Que projetos de sua autoria você destacaria como sendo os mais importantes e relevantes para a sociedade neste ano? Por quê?
Lorenzato – Destaco dois projetos importantes de nossa autoria para este novo ano: o primeiro institui redução aos proprietários de imóveis que preservem, protejam e recuperem o meio ambiente. A proposição tem como objetivo preservar, conservar e proteger o meio ambiente através de políticas que atenuem os impactos ambientais e promovam o desenvolvimento sustentável. O projeto estabelece que o contribuinte que utilizar o sistema de captação e reuso da água da chuva tenha isenção percentual tributária no IPTU. O segundo projeto que destaco e está em tramitação é o que dispõe sobre a reserva de vagas para idosos nos estacionamentos públicos e privados. O Estatuto do Idoso traz normas e ratifica as já existentes, garantindo direitos aos idosos que, segundo o mesmo Estatuto, são as pessoas com idade igual ou superior a 60 anos.

DM – Em um ano em que muitos vereadores disputaram assentos na Assembleia ou na Câmara dos Deputados, você acha que a atuação da Câmara foi comprometida? O legislativo deixou de atuar normalmente em função das eleições gerais deste ano?
Lorenzato – De maneira nenhuma. Todas as ações de um vereador são políticas. Concorrer a outros cargos públicos faz parte da vida política dos parlamentares, para o fortalecimento de seu próprio partido e em busca de passos ainda maiores para podermos representar o nosso município em outras esferas. Os vereadores que não concorreram a nenhum cargo eletivo nestas eleições tiveram uma importante participação de apoio a candidaturas de seus correligionários, na busca de uma construção de projetos e políticas públicas para o desenvolvimento no município de sua atuação.

DM – Uma das prerrogativas mais importantes do legislativo é fiscalizar o Executivo. Como você avalia sua atuação neste aspecto? Em que momento do ano você considera que foi mais efetivo nesta sua função?
Lorenzato - Estou muito satisfeito como líder da Oposição, porque conseguimos fazer um trabalho sério e responsável, mantendo a unidade entre todos os vereadores da bancada e, inclusive, recentemente ampliando com alguns legisladores da base. Podemos citar a atuação crítica há várias ações do Executivo, entre elas o projeto do ticket alimentação, o não uso dos recursos do BID para investimentos em asfalto no interior, entre eles Bom Recreio e São Roque que resultaram no abandono de projetos já iniciados; o britador móvel que veio para facilitar a manutenção das estradas e mesmo assim elas se encontram em péssimo estado de tráfego. Destaco ainda o abandono desta Administração na área da Educação Infantil. O momento mais importante do ano foi quando atuamos fortemente juntos com os funcionários públicos na luta pela não retirada de direitos dos trabalhadores da ativa e os inativos.

DM - E a sua relação com a comunidade. Acredita que tenha cumprido com ações que seriam positivamente avaliadas pelo seu eleitorado? Como tem buscado este retorno?
Lorenzato – Tenho a certeza de que até este momento estou contribuindo com as demandas da comunidade. Muitas vezes, estas demandas se confundem na sua efetivação com a função do Executivo Municipal. Também destaco aqui a nossa atuação com as entidades de recicladores de Passo Fundo. Na viagem que realizei no mês de novembro para Brasília, conseguimos uma emenda de R$250 mil para equipamentos de restruturação das cooperativas para facilitar o trabalho dos catadores. Procuro o retorno da comunidade me relacionando fortemente com ela, ouvindo e realizando encaminhamentos. Acredito que esta é a forma mais correta de atuar e ampliar as relações com outros setores da comunidade fazendo a boa política pública para melhorar a vida das pessoas.

DM – Uma de suas principais bandeiras é a agricultura e o desenvolvimento do setor primário no município. Como tem percebido os investimentos feitos nesta área e o que ainda precisa ser executado para garantir progresso econômico e social para os agricultores? Além disso, você foi relator da CPI da Telefonia. Tivemos avanços concretos neste setor? O que você apontaria como positivo a partir desse trabalho?

Lorenzato - Nesta administração podemos perceber o extremo abandono das políticas voltadas para a agricultura, revelada através da falta de infraestrutura nas estradas e a redução do orçamento da Secretaria de 1,32% para 1,05%, por exemplo. Em 2014, aprovamos emendas sugerindo que o Executivo amplie o investimento na manutenção, conservação e pavimentação de estradas do interior, pois havia uma dotação existente de R$ 80 mil e sugerimos que fosse ampliada para R$ 480 mil. Também tivemos a aprovação de uma emenda de ampliação do quadro de máquinas para melhoria das estradas do interior e a instalação de rede de água no interior. Acredito que com estes investimentos podemos melhorar ainda mais a vida dos agricultores. Mas, não podemos ficar apenas nisso. O Executivo tem o dever de olhar cada vez mais para o setor primário, pois há cerca de 400 famílias vivendo no interior do município, gerando renda para Passo Fundo. Em relação a CPI da Telefonia tivemos grandes avanços, pois mostramos a grande falta de sinal de telefone e internet no meio rural e em alguns pontos da cidade. A partir disso propomos um diálogo com as empresas do setor, trazendo a comunidade para o debate, através de uma audiência pública. Além disso, o Executivo garantiu um investimento de 10 torres distribuídas nos distritos, chegando a um total de R$ 800 mil e que, infelizmente, ainda não ocorreu.

Fonte: http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/6266/%E2%80%9C%C3%89+a+boa+pol%C3%ADtica+que+melhora+a+comunidade%E2%80%9D+acredita+Lorenzato








“PÁTRIA EDUCADORA”: LEITURAS ABERTAS

Paulo César Carbonari

No discurso de posse feito às autoridades, desde a mesa do Congresso Nacional, a presidenta Dilma anunciou o que seria o “novo lema” de seu governo. É sobre ele que teceremos alguns breves comentários de análise em leituras abertas.
O novo lema é “Brasil, pátria educadora!”. A presidenta quer que este lema seja um “brado” e o caracteriza como “simples, direto e mobilizador” – espera-se que não no sentido dado pelo marketing de propaganda política a estes três adjetivos e sim no sentido consistente da política que se faz mais do que com propaganda. A possibilidade da consistência político pode se revelar no que a presidenta disse: “reflete com clareza qual será a nossa grande prioridade e sinaliza para qual setor deve convergir o esforço de todas as áreas de governo”.
Segundo a própria presidenta, o lema tem “duplo significado”: diz que a “educação será a prioridade das prioridades” e que “devemos buscar, em todas as ações do governo, um sentido formador, uma prática cidadã, um compromisso de ética e sentimento republicano”. Os sentidos apontam, de um lado, para uma perspectiva programática, no caso do primeiro, e, noutro, para uma perspectiva normativa.
A perspectiva normativa expressa um desejo ético-político de orientação do conjunto das ações a serem empreendidas pelo governo como: a) agente formador, agente de formação; b) agente de prática cidadã; c) agente de ética; d) agente de sentimento republicano. Por mais emblemáticas ou mesmo enfáticas, estas disposições normativas não agregam novo ao que se poderia esperar de um governo num Estado Democrático de Direito. A novidade talvez seja exatamente tê-las reiterado, mesmo que sobre elas tenha deitado seu juramento de posse ao dizer que cumpriria e faria cumprir a Constituição. Talvez por isso tenha dedicado somente uma linha a mais para esclarecer do que se tratava este sentido do lema quando disse: “Só a educação liberta um povo e lhe abre as portas de um futuro próspero” – jargão tão repetido! O aspecto normativo parece estar dado.
No que diz respeito ao aspecto programático, a presidenta dedica mais tempo para detalhar o que seria ter a educação como “prioridade das prioridades”. A expressão, note-se, indica que há outras prioridades, mas não diz quais são elas. De qualquer modo, de todas elas, sejam quais forem, a educação emerge e se sobrepõe a todas elas [ou também se somaria a todas elas – dúvida metodológica!]. Neste ponto, também faz uma inflexão normativa no seio da proposta programática ao dizer que “democratizar o conhecimento significa universalizar o acesso a um ensino de qualidade em todos os níveis – da creche à pós-graduação –; para todos os segmentos da população – dos mais marginalizados, os negros, as mulheres e todos os brasileiros”. Entende a educação como “democratizar o conhecimento” – uma visão redutiva, certamente da educação, que, de longe, não se resume a conhecimento, por mais amplo que seja o sentido que se possa dar a ele. Põe-lhe como escopo a “universalização do acesso a um ensino de qualidade” – articula dois componentes que têm sido tão difíceis de equacional, acesso e qualidade, visto que parece que quando há qualidade não tem acesso e quando te acesso não tem qualidade (!!!). De qualquer modo, isso se faria considerando duas variáveis: “todos os níveis [de ensino]” e “todos os segmentos da população”.
O conteúdo programático é detalhado no que se poderia chamar uma lista de medidas específicas: a) “ao longo deste novo mandato, a educação começará a receber volumes mais expressivos de recursos oriundos dos royalties do petróleo e do fundo social do pré-sal. Assim, à nossa determinação política se somarão mais recursos, mais investimentos”; b) “vamos continuar expandindo o acesso às creches e pré-escolas para todos, garantindo o cumprimento da meta de universalizar, até 2016, o acesso de todas as crianças de 4 e 5 anos à pré-escola”; c) “daremos sequência à implantação da alfabetização na idade certa e da educação em tempo integral”; d) “ênfase especial daremos ao ensino médio, buscando em parceria com os Estados efetivar mudanças curriculares e o aprimoramento da formação dos professores”; e) “o Pronatec oferecerá, até 2018, 12 milhões de vagas para que nossos jovens, trabalhadores e trabalhadoras tenham mais oportunidades de conquistar melhores empregos e possam contribuir ainda mais para o aumento da competitividade da economia brasileira”; f) “darei especial atenção ao Pronatec Jovem Aprendiz, que permitirá às micro e pequenas empresas contratarem um jovem para atuar em seu estabelecimento”; g) “ vamos continuar apoiando nossas universidades e estimulando sua aproximação com os setores mais dinâmicos da nossa economia”; e) “o Ciência Sem Fronteiras vai continuar garantindo bolsas de estudo nas melhores universidades do mundo para 100 mil jovens brasileiros”.
O discurso cuida de apontar ao menos algum aspecto para cada um dos principais níveis de ensino. A questão de mérito que precisaria ser refletida é da pertinência, por um lado, e da suficiência, por outro, destas medidas para transformar a educação em “prioridade das prioridades”. Para além disso, seria necessário lançar luzes sobre outras possíveis medidas que se perdem na sombra do que não foi “iluminado” pelo discurso. Mas isso é tarefa para uma reflexão para a qual será necessário tomar em conta o Plano Nacional de Educação (PNE), junto com outros Programas, como o PNDH-3. Assunto para reflexão futura.
Para não esquecer, necessário dizer que na mesma posse, no discurso ao povo, desde o parlatório do Palácio, sobre este tema a presidenta limitou-se a dizer: “Assumo esse mandato com uma certeza: nós estamos juntos com a dignidade, estamos juntos de pé, e com a força da imensa fé que temos no povo desse país”, dizendo que, entre os desdobramentos desta certeza está: “De pé e com fé porque o Brasil será a verdadeira pátria educadora e os brasileiros terão acesso à educação de qualidade, da creche à pós graduação”, agregando: “De pé e com fé, porque vamos continuar o Minha Casa, Minha Vida, o Prouni, o Fies, o Ciência sem Fronteiras”, citando alguns dos principais programas de educação, mas todos no âmbito da educação superior.
Finalmente, resta saber como situar este lema no que foram os compromissos assumidos no final dos dois discursos. Na fala ao povo disse: “o povo brasileiro tem o direito de dizer, como uma orientação para o meu novo mandato: nenhum direito a menos, nenhum passo atrás, só mais direitos e só o caminho à frente. Esse é meu compromisso sagrado perante vocês. Esse é o juramento que faço nessa praça”. Na fala às autoridades concluiu dizendo: “Deus colocou no meu peito [...] Um coração tão cheio de fé no Brasil que não tem medo de proclamar: vamos vencer todas dificuldades, porque temos a chave para isso. Esta chave pode ser resumida num verso com sabor de oração: ‘O impossível se faz já; só os milagres ficam para depois’”. A questão que se põe é: afinal a educação está entre o que o impossível ou o miraculoso; a educação está entre os direitos para quem nada a menos e só mais? A questão é determinando pois se constitui o “impossível” para o que “só mais” então se poderia acrescentar “já”. A liberdade popular abusada poderia dizer que o lema ficaria melhor se fosse: “Brasil, pátria educadora, já! Caso esteja entre o que chamou de milagre, o abuso popular poderia refazer o lema como “Brasil, pátria educadora, quando?”.

Enfim e acima de tudo, o discurso faz sentido porque apresenta uma agenda que deve ser tomada a sério pela sociedade a fim de que possam ser produzidos os efeitos que estão nele contidos como promessa. Não dá para esperar que esta passagem seja obra da pura vontade da governante. Será obra na medida em que se converter em luta popular para fazer com que o que seja transformado seja o cotidiano, com o e apesar do discurso.