PROJETOS DE LEI

21 de outubro de 2016

"DEIXAREI A CAMARA COM UM SORRISO NO ROSTO E DE CABEÇA ERGUIDA"


Após doze anos, Rui Lorenzato (PT) se despede do Parlamento Municipal dizendo-se satisfeito com sua trajetória. O futuro político ainda é incerto

Ainda avaliando seu futuro político, mas adiantando a intenção de focar no trabalho rural, Rui Lorenzato (PT) fechará um ciclo de doze anos de atuação na Câmara de Vereadores ao mesmo tempo em que encerra a atual legislatura. “Foram anos produtivos e não me arrependo de nada que foi feito”, resume o vereador em terceiro mandato, que em 2016 optou por concorrer a prefeito - eleição que reelegeu Luciano Azevedo (PSB). O saudosismo  já pôde ser percebido nessa semana, quando usou pela última vez, no mandato, os 30 minutos disponibilizados ao orador do Grande Expediente de uma Sessão Plenária.

Ao tentar analisar sucintamente o período tão longo, opta por citar que seu trabalho foi desenvolvido a partir de orientações do chamado “Conselho Político”, formado por representantes de diversos setores, associações comunitárias e movimentos sociais e populares, juntamente com o partido, sendo, conforme ele, um elo entre o mandato e a comunidade para formular políticas e acompanhar as ações desenvolvidas. “Finalizamos esses doze anos  de muita contribuição para a comunidade de Passo Fundo, com muito diálogo com a população. Aprendi muito, mas também eu e meu gabinete ajudamos para que a comunidade pudesse crescer, que houvesse melhoria na qualidade de vida do cidadão. Estou muito feliz”.

O petista integra um grupo de doze parlamentares da atual legislatura que não ocupará cadeira a partir de janeiro de 2017. Nos próximos dias, outros vereadores também serão entrevistados pelo Diário da Manhã.

Experiência em ambos os lados
Ao longo desses três mandatos na Câmara, o parlamentar teve a possibilidade de atuar tanto do lado da situação - à época do prefeito Airton Dipp (PDT), quando liderou o grupo de vereadores aliados - e também da oposição, quando a Prefeitura Municipal passou a ser comandada por Luciano Azevedo. “Na época de Dipp defendemos projetos e ações  de investimento de forma coerente. O que tinha que defender, defendemos, e criticamos o que era preciso. Provocávamos avaliações no Executivo Municipal. Depois, enquanto líder da oposição, segui na mesma linha de atuação, acompanhando as ações do governo, apontando abusos dos recursos, assim como fizeram outros vereadores de oposição”, comenta ele.

Entre os projetos...
Além do papel de fiscalizador, o vereador recorda de Pedidos de Providencias, Pedidos de Informação, Indicações e Moções, além da participação em conferências, audiências públicas, conselhos, associações e entidades do meio rural e urbano. Entre os projetos de lei cita três, considerados por ele como marcantes. “Muito me marca e ainda dá resultados o projeto de iniciativa popular organizado por nosso gabinete, que previa o passe livre das pessoas com deficiência. Mais recentemente, cito o projeto que cria o Fundo de Economia Solidária e o Conselho Municipal, para o fomento as pessoas que estão iniciando na sua atividade, em ramos de negócio de forma solidária. Também, o projeto sobre o pagamento dos juros do financiamento no setor primário, visando alavancar a produção de alimentos, as atividade no meio rural. O Executivo Municipal está pagando juros do financiamento de produção de frango no município”, explica.

“Fora os projetos, destaco a importância da caminhada junto aos recicladores. Infelizmente, não foi implantada a cadeia produtiva binacional do PET, que agregaria valor na hora da venda dos litros de Pet dos recicladores. A máquina doada pelo Estado ainda está parada e o Executivo atual não conseguiu fazê-la funcionar”, complementou Lorenzato, apontando essa como uma necessidade latente da população passo-fundense que trabalha com reciclagem.  “Fico sentido por isso, mas espero que outros vereadores assumem essa luta”.

O que é planejado?
Questionado sobre suas pretensões políticas, Lorenzato diz apenas que “não há nada construído nesse sentido” e adianta que dará prioridade a atuação no meio rural, onde reside (na localidade de Santa Gema).  “Outras possibilidades podem até ser construídas, mas não temos nada claro. Continuarei atento a todos os acontecimento de nossa cidade, mas enquanto agricultor familiar, a partir de 1° de janeiro”, afirma. “Continuo até 31 de dezembro trabalhando intensamente. Deixarei a Câmara de Vereadores com um sorriso no rosto e de cabeça erguida, pelo dever cumprido”, finaliza.

Sobre as eleições de outubro, informou que a avaliação do pleito, no qual ficou em terceiro lugar, ainda não foi feita pelo partido, o que deve ocorrer após o segundo turno.
Fonte:http://www.diariodamanha.com/noticias/ver/23747/%E2%80%9CDeixarei+a+C%C3%A2mara+com+um+sorriso+no+rosto+e+de+cabe%C3%A7a+erguida%E2%80%9D

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