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29 de maio de 2012

ACESSIBILIDADE EM DISCUSSÃO

Na semana passada, aconteceu uma reunião convocada pelo Conselho Municipal das Pessoas com Deficiência, realizada na Câmara Municipal de Vereadores, na qual o vereador Rui representou o legislativo. Colocado em pauta a questão da mobilidade e acessibilidade. Com a presença de diversas entidades, tais como a Associação Passo-fundense de Cegos (Apace), a Associação dos Surdos, Associação dos Pais e Amigos dos Surdos, Apae, dentre outras, foram apresentadas, por representantes dessas entidades, as reais dificuldades que as pessoas com quaisquer deficiências enfrentam diariamente no ambiente urbano. Porém, a presidente do Conselho, Cláudia Furlanetto, lembrou que essas questões extrapolam as necessidades de quem tem algum tipo de deficiência, mas são importantes para a comunidade em geral. “Idosos, crianças e toda a população têm direito a boas condições tanto de passeios públicos, quanto das demais áreas da cidade”, comenta a presidente. Segundo ela, muitas coisas já foram feitas, mas ainda há muito para ser discutido e colocado em prática. “Nós queremos qualificar a cidade em relação a acessibilidade e mobilidade. Muitas coisas já foram feitas, um exemplo é uma fiscalização mais efetiva dos passeios públicos”, cita Cláudia. Ela também lembra a criação do Núcleo de Política Pública e Social de Acessibilidade, que é responsável por uma maior articulação entre poder público e entidades. “As coisas estão mudando para melhor, há algum tempo era difícil sair na rua e encontrar pessoas com deficiência, agora, cada vez mais essas pessoas estão conscientes dos seus direitos e reivindicando condições para se locomoverem da melhor forma”, acredita. “E é nesse sentido que hoje estamos aqui, para aproximar as entidades do poder público para que as reais necessidades dessas pessoas sejam expostas e, a partir daí, sejam articuladas soluções”, reforça a presidente. Segundo Lorenzato muitas ações já foram desenvolvidas voltadas para as pessoas com necessidades especiais como o passe livre nos ônibus, mas a acessibilidade deve ser algo trabalhado, pois possibilita as pessoas especiais uma qualidade de vida. Na oportunidade, o Secretário de Transportes e Serviços Gerais, Sebastião dos Santos, lembrou que atualmente a prefeitura já não autoriza obras que não tenham a planta de acordo com as regras de acessibilidade. “A legislação relativa a acessibilidade é bastante antiga e já não atende mais as necessidades atuais da população, e aqui englobamos não só os deficientes, mas idosos, crianças e população em geral que tem direito a boas condições tanto de acessibilidade quanto de mobilidade e trânsito”, comenta o secretário. Segundo ele, por isso é de extrema importância essa aproximação com as entidades que representam as pessoas com deficiência. “A melhor forma de atender essas necessidades de forma efetiva é construindo um debate entre as Ongs, governo, academia e a população em geral para que projetos sejam desenvolvidos contemplando o que é realmente necessário”, afirma Santos. “A maioria das cidades cresceu, se desenvolveu sem uma preocupação efetiva nesse sentido, por isso precisamos nos adaptar, por meio políticas públicas de Estado, independente de partidos políticos. Para isso, é de extrema importância ouvir quem realmente sente essas necessidades”, completa o secretário. Reivindicações Coisas que passam despercebidas para a maioria podem ser sérios obstáculos para muitos. Uma simples placa, por exemplo, pode causar um transtorno na vida de um deficiente visual. Na hora de atravessar a rua o perigo é ainda maior. “Não temos sinal sonoro nos semáforos, então atravessar é um risco para quem não enxerga, é preciso que alguém que enxerga ajude e isso nos torna dependentes”, lamenta o secretário da Apace, Fábio Flores. Mas as dificuldades não param por aí. Em menos de uma quadra, na Avenida Brasil, diversos obstáculos estão no caminho de Fábio. Depois das placas inadequadas e do semáforo sem sinal sonoro, ele ainda encontrou pelo caminho uma lixeira e um orelhão sem os devidos avisos. “É preciso andar com bastante cuidado para não se machucar”, comenta o secretário. Chegando ao ponto de ônibus os problemas continuam. “Tem o piso guia, mas no lugar do piso alerta, que é o que orienta os deficientes visuais para saber onde subir no ônibus, eu encontro um buraco com a bengala”, comenta Fábio. Ele reforça que não são só os cegos que encontram dificuldades. “Para ser adequar a um cadeirante, por exemplo, a calçada devia ser elevada em determinado ponto para facilitar o embarque no ônibus. Os motoristas também deviam receber mais treinamento para parar nos lugares corretos para facilitar o embarque. Essas são algumas das dificuldades, mas existem muitas outras para quem tem qualquer tipo de deficiência ou dificuldade de locomoção”, comenta. “Às vezes as coisas são feitas, mas não atendem as nossas necessidades. Os Técnicos deviam ouvir os usuários, é essa ponte que está faltando, em muitos casos”, sugere Fábio. “Estamos sempre reivindicando, algumas coisas já foram atendidas, outras ainda estamos pedindo, mas além de obras é preciso que seja feito um trabalho de conscientização para que as pessoas saibam que podem reivindicar seus direitos e todos estejam conscientes e respeitem quem tem necessidades diferentes”, conclui Fábio.

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